D. João VI jamais teria sido rei de Portugal se seu irmão D. José não tivesse morrido de varíola.
D. José foi o primeiro filho de D. Maria e era quem todos esperavam que subisse ao trono em substituição à sua mãe. Nascido em 20 de agosto de 1761, morreu vítima de varíola no ano de 1788, sem experimentar tal glória. Os historiadores do período acreditam que este fato junto com o falecimento do rei, D. Pedro III, agravaram a sanidade mental da rainha e elevaram D. João ao cargo de regente.
Criado por tutores, D. José estava sendo preparado para o cargo político mais importante do reino. Era um príncipe letrado, bem educado, mas não tinha a imponência de sua mãe. Segundo o Dicionário Histórico de Portugal, era preferido pelo Marquês de Pombal, principal ministro do governo de seu avô D. José I, e homem que tentou promover a lei sálica, onde não era permitido que mulheres subissem ao trono. Desta forma, quando D. José I falecesse, quem reinaria era o neto de mesmo nome. A lei não passou, mas a raiva de D. Maria para com o ministro aumentou, já que, se a lei fosse aprovada, ela nunca seria rainha.
Ao nascer, D. José trouxe tanta alegria à corte, que logo foi nomeado Príncipe da Beira, por seu avô. Com a morte do rei, se torna Príncipe do Brasil, titulo que pertencia a sua mãe, como primogênita e sucessora ao trono.
D. José realizou seu casamento para manter a sucessão dinástica na casa dos Bragança. Contraiu núpcias com sua tia, a infanta D. Maria Francisca Benedita, pouco antes de seu avô morrer. Ele tinha 15 anos, a infanta 30. Devido à tristeza da morte precoce de seu marido, se dedicou a obras pias como a fundação do hospital dos inválidos, na cidade de Runa.
O problema da sucessão dinástica já era aparente antes da morte de D. José. O jovem casal não conseguia ter filhos. D. João e D. Carlota Joaquina também tinham essa mesma dificuldade. Segundo Jorge Pedreira e Fernando Dores Costa (D. João VI: Um príncipe entre dois continentes, 2008) o maior medo da família real era que a dinastia ficasse a cargo da irmã deles D. Maria Vitória - a princesa casada na Espanha – e, diante disto, a “união das duas coroas” fosse estabelecida. O pânico do retorno à União Ibérica só acabou com o nascimento da primeira filha de D. João VI, em 1793, D. Maria Teresa.
O caso de D. José não foi único na história das famílias reais. Tanto em Portugal, como em outras monarquias, muitos primogênitos morreram, dando lugar aos demais filhos. Uma preocupação freqüente das famílias era a de possuir uma prole numerosa, para ter “reservas” de sucessores. A diferença, neste episódio, está na criação dos príncipes. A morte de D. José foi inesperada, e os irmãos foram educados de forma diferente, o primeiro preparado para o trono e o segundo como mais um membro da família real. O acaso fez com que D. João se tornasse rei e, aos poucos, isto fez com que ele aprendesse na prática o que era comandar o governo de terras tão fartas.
Criado por tutores, D. José estava sendo preparado para o cargo político mais importante do reino. Era um príncipe letrado, bem educado, mas não tinha a imponência de sua mãe. Segundo o Dicionário Histórico de Portugal, era preferido pelo Marquês de Pombal, principal ministro do governo de seu avô D. José I, e homem que tentou promover a lei sálica, onde não era permitido que mulheres subissem ao trono. Desta forma, quando D. José I falecesse, quem reinaria era o neto de mesmo nome. A lei não passou, mas a raiva de D. Maria para com o ministro aumentou, já que, se a lei fosse aprovada, ela nunca seria rainha.
Ao nascer, D. José trouxe tanta alegria à corte, que logo foi nomeado Príncipe da Beira, por seu avô. Com a morte do rei, se torna Príncipe do Brasil, titulo que pertencia a sua mãe, como primogênita e sucessora ao trono.
D. José realizou seu casamento para manter a sucessão dinástica na casa dos Bragança. Contraiu núpcias com sua tia, a infanta D. Maria Francisca Benedita, pouco antes de seu avô morrer. Ele tinha 15 anos, a infanta 30. Devido à tristeza da morte precoce de seu marido, se dedicou a obras pias como a fundação do hospital dos inválidos, na cidade de Runa.
O problema da sucessão dinástica já era aparente antes da morte de D. José. O jovem casal não conseguia ter filhos. D. João e D. Carlota Joaquina também tinham essa mesma dificuldade. Segundo Jorge Pedreira e Fernando Dores Costa (D. João VI: Um príncipe entre dois continentes, 2008) o maior medo da família real era que a dinastia ficasse a cargo da irmã deles D. Maria Vitória - a princesa casada na Espanha – e, diante disto, a “união das duas coroas” fosse estabelecida. O pânico do retorno à União Ibérica só acabou com o nascimento da primeira filha de D. João VI, em 1793, D. Maria Teresa.
O caso de D. José não foi único na história das famílias reais. Tanto em Portugal, como em outras monarquias, muitos primogênitos morreram, dando lugar aos demais filhos. Uma preocupação freqüente das famílias era a de possuir uma prole numerosa, para ter “reservas” de sucessores. A diferença, neste episódio, está na criação dos príncipes. A morte de D. José foi inesperada, e os irmãos foram educados de forma diferente, o primeiro preparado para o trono e o segundo como mais um membro da família real. O acaso fez com que D. João se tornasse rei e, aos poucos, isto fez com que ele aprendesse na prática o que era comandar o governo de terras tão fartas.
Por Carolina Ferro
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