terça-feira, 21 de setembro de 2010

Primeira Ferrovia Brasileira



A seqüência acima mostra o cais - estação da primeira ferrovia brasileira, em Mauá, no fundo da Baía de Guanabara. As pessoas com destino a Raiz da Serra chegavam da Praça XV em barcas a vapor (no cais, à esquerda) e embarcavam no trem (à direita). Na segunda foto, a mesma estação, abandonada, em 2004.

No início do século XVIII, para ir do Rio à Petrópolis era preciso tomar um barco a vapor na Praça XV (Cais dos Mineiros), desembarcar no Porto Mauá (Porto Estrela), seguir a pé ou a cavalo por uma estrada precária até Raiz da Serra (cerca de 15 quilômetros) e, finalmente, tomar uma diligência até Petrópolis (mais 14 quilômetros).

Em 1841, o Imperador D. Pedro II encarregou o engenheiro Júlio Frederico Koeler de aprimorar o curso e a pavimentação dessa trilha, que era conhecida como Calçada de Pedras e fazia parte do Caminho do Ouro para Minas Gerais.
Um novo traçado foi feito do Porto Estrela até o rio Paraíba do Sul, passando pela Fazenda Córrego Seco (atual Petrópolis) onde a família imperial costumava passar o verão. Denominada de Estrada Normal da Serra da Estrela, essa interessante via pode ser percorrida até hoje.

Em 1854, Irineu Evangelista de Souza inaugurou uma estrada de ferro no pior trecho do caminho, entre Mauá e a Raiz da Serra, reduzindo o tempo gasto neste percurso para 23 minutos - quatro horas a menos. Estava em operação a primeira ferrovia do Brasil.
Iniciando uma nova era nos transportes, os trens causaram a decadência das vilas e povoados da orla da baía, que tiveram seus portos e trapiches abandonados; a preferência geral passou a ser pelo transporte ferroviário, mais rápido e seguro que os lombos de burro e barcaças antes utilizados.
Notas
1) A foto da estação em 2004 é de autoria de Maria Conceição Rosa/IPAHB
2) As instalações da primeira ferrovia brasileira podem ser visitadas, em Mauá, mas estão abandonadas e em péssimas condições de conservação.
3) Além da primeira ferrovia do Brasil, a região serrana do RJ teve também a primeira rodovia do país; a estrada União & Indústria, inaugurada em 1861, ligando Petrópolis a Juiz de Fora (MG).
Fonte de consulta:http://www.serqueira.com.br/mapas/

domingo, 19 de setembro de 2010

60 anos da TV no Brasil

TV Tupi

18 de setembro de 1950. Uma data marcante para a vida nacional: o dia da inauguração oficial da televisão no Brasil. E foi o empresário das comunicações Assis Chateaubriand, o Chatô, que possibilitou o início desse novo meio de comunicação. Por intermédio da TV Tupi, o país pôde experimentar a sensação que outros lugares já vivenciavam ao acompanhar um programa pela TV.
Esta marcante experiência aconteceu com o Show na Taba, o primeiro programa da TV brasileira, que contou com a participação de Homero Silva e Lolita Rodrigues.
A iniciativa de Chateaubriand, entretanto, teve antecedentes. Antes da estréia oficial da TV no Brasil, mais precisamente em 1939, Edgard Roquette Pinto fez as primeiras experiências com televisão no país, com dois eixos: apenas um receptor e um transmissor. A primeira demonstração da TV na América Latina aconteceu, oficialmente, no pavilhão de entrada da Feira de Amostras do Rio de Janeiro, em 2 de junho de 1939. Depois da estréia, em 50, as emissoras transmitiam sua programação apenas no final da tarde, graças à pouca audiência (poucos tinham aparelho de TV). Mas foi apenas em 1952 que a TV Tupi paulista passou a transmitir programação diurna, bem como as concorrentes.
Ao contrário da TV norte-americana - implantada com apoio na indústria cinematográfica -, a brasileira submeteu-se à influência do rádio, aproveitando os profissionais e técnicas. Os artistas já eram consagrados pelo rádio, já que este era o meio de comunicação mais difundido no país.
Pioneiro em transmissões televisivas na América Latina, antes do Brasil apenas quatro outros países produziram sua própria programação: Estados Unidos, Inglaterra, Holanda e França.
Fonte:TV Gazeta
 
Quer conhecer a História da TV em detalhes, acesse:  

sábado, 18 de setembro de 2010

Memória das Artes

Cartola e João Nogueira, 1977
Em dezembro de 2009 a Funarte (Fundação Nacional de Artes) lançou o Portal das Artes, viabilizado pelo  projeto Brasil Memória das Artes, que objetiva melhorar a comunicação da Funarte com seu público, tornar a memória cultural brasileira acessível e prestar melhor serviço ao usuário-cidadão.
Esta nova área do Portal das Artes, totalmente dedicada aos acervos digitalizados da Funarte, é um justo espaço para o que invariavelmente dizemos que nos falta nacionalmente: a memória.
A área Brasil Memória das Artes surge já sabendo que só tende a crescer, à medida que mais e mais conteúdos forem digitalizados pela Funarte e disponibilizados ao público. E a ambição deste espaço não é apenas deixar acessível todo o acervo digitalizado, mas articulá-lo, contextualizá-lo, fazer o passado conversar com o presente, rastrear o que se produziu antes e trazer à tona com o olhar de agora, transformando esse diálogo num exercício constante que  fará a todos mais conscientes da própria memória cultural.
Espera-se dessa forma cumprir a missão de compartilhar a memória cultural brasileira preservada pela Funarte, tornando-a acessível a todo e qualquer cidadão que se interessar por aquilo que nos é caro e nos constitui como brasileiros.
Cartola e Cláudia Svaget, 1978
Fazem parte  do acervo arquivos como o Projeto Pixinguinha, o do diretor Augusto Boal, o do produtor Walter Pinto e o do fotógrafo Carlos Moskovics. O esforço de trazer o acervo para perto do público inclui destacar suas peças mais importantes e propor recortes específicos - como um sobre Nelson Rodrigues, cuja morte completa 30 anos em dezembro.
 
Para acessar os arquivos digitalizados consulte:  FUNARTE/Memória das Artes

22 de setembro - dia mundial "Sem Carro"


O que é?
O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes. Trata-se de um manifesto/reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis - entre os quais se destaca a bicicleta.
Muitas pessoas têm adotado a bicicleta como meio de transporte.  É um meio de transporte sustentável e barato. Também o rodízio de carros é uma excelente forma de diminuir a poluição atmosférica e os engarrafamentos das grandes cidades.
É crescente, no Brasil, a adesão ao Dia Mundial Sem Carro, com campanhas e fechamento de ruas para uso exclusivo de pedestres.
Então...no dia 22 de setembro, deixe seu carro na garagem. Vá de ônibus, trem ou metrô, a pé ou de bicicleta, ou incentive a carona solidária. Colabore!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A voz do Brasil...programa obrigatório.

Em Brasília, 19 horas...
Há 75 anos, as emissoras de rádio são obrigadas a transmitir o noticiário.
Pelo rádio, a voz do Brasil
Era início da noite de segunda-feira 22 de julho de 1935, quando o locutor Luiz Jatobá interrompeu com sua voz grave a programação das 50 rádios que operavam no país. Estreava o Programa nacional, idealizado por um amigo de infância do então presidente, Getúlio Vargas, com o objetivo de propagandear as realizações do governo federal. Em 1939, quando Vargas já estabelecera no país a ditadura do Estado Novo, o programa, rebatizado como A hora do Brasil, tornou-se transmissão obrigatória pelas emissoras de rádio, sempre no horário das 19 horas. Durante a vigência de outra ditadura, a do regime militar, A hora do Brasil virou A voz do Brasil. Mudou de nome, mas manteve seu caráter compulsório e sua marca registrada: a abertura com os acordes de “O guarani”, a ópera de Carlos Gomes, e a voz de um locutor que anunciava: em Brasília, 19 horas.
Quando A voz do Brasil foi criada, o rádio era o principal meio de comunicação de massa, e não havia outros canais para os brasileiros das regiões mais longínquas se informarem sobre os fatos e acontecimentos da vida do país. Nesses 75 anos que nos separam da primeira transmissão do programa, o Brasil passou por grandes transformações. Urbanizou-se e deixou de ser um país de população eminentemente rural. Sua economia se industrializou e se modernizou a ponto de estar diante da perspectiva de virar, em breve, uma das cinco maiores do mundo. Há mais de 25 anos, o país é governado por um regime democrático pleno. O rádio também mudou e se adequou à concorrência de outros meios como a televisão e a internet. O anacronismo da obrigatoriedade de transmissão, às 19 horas, de A voz do Brasil por todas as emissoras de rádio do país, porém, permaneceu inalterado, apesar de os poderes públicos contarem hoje com uma monumental estrutura de comunicação. Esse aparato oficial inclui a TV Brasil (controlada pelo governo federal), a TV Câmara, a TV Senado, a TV Justiça e 648 emissoras de TV e rádio de caráter governamental ou educativo.
Essa imposição – que só encontra situações semelhantes em países de regimes políticos fechados e ditatoriais, como China, Cuba e Coreia do Norte – cria situações esdrúxulas. Nas grandes cidades brasileiras, o rádio é o principal veículo de informação para quem está no trânsito. Quando um avião da TAM atravessou a pista do aeroporto de Congonhas, em 17 de julho de 2007, e explodiu em uma das mais movimentadas avenidas de São Paulo, matando 188 pessoas, o ouvinte, porém, não pôde ter informações sobre a tragédia e o caos nas ruas porque as emissoras de rádio foram obrigadas a suspender suas transmissões durante longos 60 minutos para veicular A voz do Brasil. Da mesma forma, durante a catástrofe das enchentes ocorridas em Santa Catarina em novembro de 2008, quem sintonizou o rádio às 19 horas foi privado de informações sobre a calamidade.

Desde a redemocratização do país, A voz do Brasil passou por algumas adaptações. Os acordes de “O guarani” foram remixados ao ritmo de forró, samba, choro, bossa nova, capoeira, moda de viola e até techno. Numa tentativa de se aproximar de uma linguagem mais simples e usual, o tradicional “Em Brasília, 19 horas” também foi substituído por “7 da noite, em Brasília”. 
Há vários projetos no Congresso que propõem mudanças em A voz do Brasil. Dois deles, que estão na Comissão de Comunicação, Ciência e Tecnologia do Senado, pretendem dar às rádios, pelo menos, a possibilidade de adequar A voz do Brasil a suas programações. Segundo as propostas, elas poderiam escolher o horário mais conveniente, entre 19 horas e meia-noite, para iniciar a veiculação do programa. A lei atual é tão engessada que não prevê que se possa suspender ou adiar o programa nem sequer em casos de calamidades públicas.
Fonte: Revista Época

sábado, 11 de setembro de 2010

FNM - Uma Indústria que Lidera o Progresso



Você sabia que, desde 1949, existia no Brasil uma montadora de caminhões onde palavras como participação nos resultados, comissão de prevenção de acidentes, atendimento médico, moradia e escola faziam parte do dia-a-dia? Essa era a estatal Fábrica Nacional de Motores,  retratada em todos os detalhes neste documentário.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Calabar, um traidor?

Domingos Fernades Calabar

De família humilde, filho de pai português e de mãe indígena, Domingos Fernandes Calabar teve formação religiosa, estudando com os jesuitas. Em 1630, durante a invasão holandesa a Pernambuco, foi um dos primeiros a se oferecer para lutar, defendendo os portugueses. Deixou para trás gado e terras, para se tornar combatente.
Em 1631, os holandeses conquistaram Ilha de Itamaracá, mas a expansão de seus domínios foi muito lenta. A defesa brasileira, comandada pelo português Matias de Albuquerque, usava uma tática de guerrilhas e, por meio de emboscadas, enfraquecia o exército inimigo. Portugal, por sua vez, mandou como reforço uma armada de mais de 50 navios. Em setembro deste mesmo ano, também desembarcavam tropas espanholas para ajudar na defesa da terra.
No entanto, o descontentamento dos brasileiros que lutavam ao lado dos portugueses aumentava cada vez mais, devido aos maus tratos que recebiam e o pouco reconhecimento que tinham pelos seus serviços. Por outro lado, os holandeses passaram a oferecer recompensas a quem com eles colaborasse.
Em 22 de abril de 1632, Calabar se aliou aos holandeses. Embora o significado de seu gesto e suas intenções jamais tenham sido totalmente esclarecidos, as conseqüências de sua atitude mudaram os rumos do conflito.
Domingos Fernandes Calabar aceitou o posto de major, que lhe foi oferecido, exigindo apenas informações detalhadas sobre o tratamento que seria dado aos brasileiros em caso de vitória holandesa. Em carta dirigida ao governador da capitania, Matias de Albuquerque, Calabar afirmou que passou para o outro lado não como traidor, mas como patriota, vendo que os holandeses procuravam implantar a liberdade no Brasil, enquanto os portugueses e espanhóis tinham interesse em escravizar o nosso país.
No período entre abril de 1632 e julho de 1635, Calabar foi responsável por grande parte das vitórias dos holandeses sobre os portugueses. Lutando contra seus antigos companheiros, revelou tudo o que sabia aos invasores. Com sua ajuda, os holandeses conquistaram várias cidades em Pernambuco. Incursionaram também, com sucesso, pelas capitanias da Paraíba e do Rio Grande do Norte, derrotando importantes centros de resistência hispano-portuguesa.
Em março de 1635 os holandeses atacaram Porto Calvo, terra natal do próprio Calabar. Os portugueses fugiram, deixando os moradores submetidos aos holandeses. A única estrada em condições de ser usada na região estava vigiada por Calabar. O general Matias de Albuquerque, que se retirava para o norte da região, forçou passagem, atacando o local com sucesso.
Domingos Fernandes Calabar foi preso e condenado. Seu nome ficou para sempre associado à idéia de traição. Um tribunal militar proferiu sua sentença. No dia 22 de julho de 1635, Calabar foi submetido ao garrote e depois enforcado. Seu corpo, esquartejado, ficou exposto em praça pública.
Para saber mais, acesse também: 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ataques de 11 de setembro de 2001

NY, 11/09/2001 - foto: Greg Semendinger

Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, chamados também de atentados de 11 de setembro de 2001, foram uma série de ataques suicidas coordenadas pela Al-Qaeda aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. Naquela manhã, 19 terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros. Os sequestradores intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, matando todos a bordo e muitos dos que trabalham nos edifícios. Ambos os edifícios desmoronaram em duas horas, destruindo prédios vizinhos e causando outros danos. Os sequestradores de um terceiro avião de passageiros caiu contra o Pentágono, em Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu em um campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram retomar o controle do avião, que os sequestradores tinham reencaminhado para Washington, D.C. Não houve sobreviventes em qualquer um dos vôos. 
O número total de mortos nos ataques foi 2 996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores. A esmagadora maioria das vítimas eram civis, incluindo cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito secundário - uma pessoa foi descartada por um médico legista pois teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.
Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Movimento Estudantil na História do Brasil


A juventude sempre cumpriu – e cumpre – um papel importante na História dos povos. No Brasil, também é assim. Selecionamos  alguns momentos importantes em que os estudantes organizados se posicionaram, defendendo os direitos de nossa sociedade, transformando a realidade em que viviam e contribuindo ativamente na construção de um país melhor. E fizeram História.

1710
- Quando mais de mil soldados franceses invadiram o Rio de Janeiro, uma multidão de jovens estudantes de conventos e colégios religiosos enfrentou os invasores, vencendo-os e expulsando-os.

1786
- Doze estudantes brasileiros residentes no exterior fundaram um clube secreto para lutar pela Independência do Brasil. Alguns estudantes desempenharam papel fundamental para o acontecimento da Inconfidência Mineira.

1827
- Foi fundada a primeira faculdade brasileira, a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Este foi o primeiro passo para o desenvolvimento do movimento estudantil, que logo integrou as campanhas pela Abolição da Escravatura e pela Proclamação da República.

1897
- Estudantes da Faculdade de Direito da Bahia divulgaram, através de um documento escrito, as atrocidades ocorridas em Canudos (BA).

1901
- Fundação da Federação de Estudantes Brasileiros, que iniciou o processo de organização dos estudantes em entidades representativas.

1914
- Estudantes tiveram participação significativa na Campanha Civilista de Rui Barbosa ocorrida em meados do século XX, e na Campanha Nacionalista de Olavo Bilac, promovida durante a 1ª Guerra Mundial.

1932
- A morte de quatro estudantes (MMDC – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) inspirou a revolta que eclodiu na insurreição de São Paulo contra o Governo Central (Revolução Constitucionalista).

1937
- Criação da União Nacional dos Estudantes (UNE), a entidade brasileira representativa dos estudantes universitários.

1952
- Primeiro Congresso Interamericano de Estudantes, no qual se organizou a campanha pela criação da Petrobrás – “O Petróleo é Nosso”.

1963/64
- Os estudantes foram responsáveis por um dos mais importantes momentos de agitação cultural da história do país. Era a época do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, que produziu filmes, peças de teatro, músicas, livros e teve uma influência, que perdura até os dias de hoje, sobre toda uma geração.

1964
- Em 1º de abril, o Golpe Militar derrubou o presidente João Goulart. A partir daí foi instituída a ditadura militar no Brasil, que durou até o ano de 1985. Neste período as eleições eram indiretas, sem participação direta da população no processo de escolha de presidente e outros representantes políticos.

     Os estudantes formavam uma resistência contra o regime militar, expressando-se por meio de jornais clandestinos, músicas e manifestações, apesar da intensa repressão.

1968
- Em março, morre o estudante Edson Luís, assassinado por policiais no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro. No congresso da UNE, em Ibiúna, os estudantes reuniram-se para discutir alternativas à ditadura militar. Houve invasão da polícia, muitos estudantes foram presos, mortos ou desapareceram, evidenciando a repressão e a restrição à liberdade de expressão que eram características desse período. Em junho deste ano ocorre a passeata dos Cem Mil, que reuniu artistas, estudantes, jornalistas e a população em geral, em manifesto contra os abusos dos militares.

     Em dezembro, durante o governo do general Arthur da Costa e Silva, foi assinado e decretado o Ato Institucional número 5 (AI-5) que cassou a liberdade individual, acabando com a garantia de Habeas Corpus da população.

     O que é HABEAS CORPUS? É o instrumento de defesa contra atos arbitrários que ferem o direito de ir e vir de cada indivíduo.

1979
- As entidades estudantis começam a ser reativadas. Acontece a primeira eleição por voto direto na história da UNE, quando é eleito o presidente baiano Rui César Costa e Silva.

1984
- “1,2,3,4,5 mil. Queremos eleger o presidente do Brasil!!!” Diretas Já! – movimento da população, com participação fundamental dos estudantes e dos políticos progressistas, para a volta das eleições diretas para presidente no Brasil. O congresso votou a favor das eleições indiretas e Tancredo Neves foi nomeado presidente para o próximo mandato (a partir de 1985). Ficou decidido que as próximas eleições, em 1989, seriam diretas. Depois de 34 anos de eleições indiretas Fernando Collor de Melo é eleito presidente.

 1992 - Acontecem sucessivas manifestações nas ruas contra a corrupção no governo dando início ao movimento de estudantes chamado Caras Pintadas, que resultou no Impeachment do então Presidente da República, Fernando Collor de Melo.

     O que é IMPEACHMENT? É a cassação do mandato do presidente – ou outro cargo executivo – por razões de conduta que não estejam de acordo com a lei.
Fonte:http://www.pucrs.br/
Para saber mais:
http://www.une.org.br/
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1702u76.jhtm
http://www.tvcultura.com.br

Brasil na Segunda Guerra

Nos primeiros anos da Segunda Grande Guerra, o Brasil considerava-se um país neutro, apesar de muito se falar, da simpatia do governo pelo sistema fascista de Benito Mussolini.
Até 1942, os portos brasileiros eram seguros para navios ligados ao Eixo que vinham em busca de importantes produtos necessários ao esforço de guerra, como: quartzo, borracha e produtos agrícolas. O Brasil, signatário do Tratado de Neutralidade do Panamá, dava abrigo a esses navios, apesar do bloqueio naval imposto pelos ingleses e franceses, que patrulhavam a costa, afundando ou apreendendo os navios que tentavam furar o bloqueio.
O afundamento do navio alemão Wakama, que deixando o porto do Rio de Janeiro foi atacado e posto a pique em Búzios RJ. pelo cruzador inglês HMS Hawkins, evidencia muito bem este lado do conflito.
Porém a partir de fevereiro de 1942, essa neutralidade foi sendo modificada, em parte, pela forte pressão popular causada inicialmente pelo afundamento de diversos navios brasileiros em águas internacionais e finalmente nas águas territoriais. A declaração de guerra foi o clímax dos eventos de protesto devido ao afundamento de diversos navios em um mesmo dia.
Com a entrada do Brasil na guerra contra os países do eixo, os comboios de mercantes e a aviação de patrulha começaram a ser utilizados no combate aos submarinos alemães que espreitavam nossas águas.
Os submarinos começaram a ser fortemente combatidos, em nosso litoral, por aviões como o Hudson e os Catalina, terminando pelo afundamento de diversos deles, com captura de suas tripulações.
Click na imagem abaixo para conhecer os participantes da Batalha:
Click na imagem
Fonte: naufragiosdobrasil.com.br

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Jogo da Independência

Quer saber mais sobre a independência? Quer testar seus conhecimentos? Quer jogar?


Então click na imagem e divirta-se!!!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pedro I ou Pedro IV?


Na semana da pátria, perguntamos:
O que aconteceu com D. Pedro I depois que abdicou do trono brasileiro?
E Laurentino Gomes, responde:
D. Pedro I, imperador do Brasil
Geralmente, os brasileiros acham que ele evaporou no ar, sumiu. E não, ele voltou para Portugal para enfrentar o irmão numa guerra épica entre liberais e absolutistas. Venceu essa guerra, mesmo tendo tudo contra ele – desembarcou na cidade do Porto com 7 mil soldados, e o irmão tinha 80 mil. E virou o jogo, ganhou a guerra, se revelou um general carismático, brilhante, que passava as noites nas trincheiras ao lado dos soldados. Morreu em seguida, porque a guerra contra o irmão destruiu a saúde dele. A autópsia revelou um corpo destruído: tuberculose, sífilis, o coração e o baço inchados, o pulmão sem funcionar. Se você compara as iconografias, o Dom Pedro IV de Portugal não tem nada a ver com o Dom Pedro I do Brasil. Aqui é um rapaz quase imberbe, muito jovem, um príncipe de 23 anos que faz a independência. Lá, não, é um rei envelhecido, com olheiras, a barba comprida. É como se o Dom Pedro de Portugal fosse o pai ou o avô dele. Até na iconografia esses dois países não se reconhecem no mesmo personagem. 
D. Pedro IV, rei de Portugal

Ele passou a vida dividido entre os negócios de Portugal e do Brasil, tentando equilibrar esses dois pratos. E depois da morte continua dividido: o coração está guardado na cidade do Porto e os restos mortais, aqui no Ipiranga. É um personagem que passa para a história de uma forma muito pejorativa, como se fosse apenas um mulherengo, boêmio, inconsequente. Ele era, sim, mas não era só isso. É um grande transformador da realidade de Brasil e de Portugal naquele momento, um chefe liberal. Outorgou ao Brasil em 1824 uma das Constituições mais liberais do mundo na época – mas ele outorgou, não deixou a Constituinte fazer. É um homem de índole autoritária e discurso liberal. Admirador de Napoleão, que tinha feito o pai dele fugir de Portugal. Foi parente duas vezes de Napoleão, nos dois casamentos.

sábado, 4 de setembro de 2010

HQs africanas

Suka Epoque, do Congo
Todos nós conhecemos as HQs que tem como cenário a África, mas não sabemos quase nada do que se publica por lá. O continente é composto por 52 países - de etnias, culturas e religiões diversas -, e na maioria das vezes, as informações e imagens dos quadrinhos nos chegam através do exótico, da informação estereotipada e preconceituosa, seja do ponto de vista europeu, americano, asiático e até mesmo brasileiro. Nas histórias de aventuras de HQ, a África é mostrada como um lugar misterioso, sem fronteiras definidas, onírico, mítico, legendário, romântico, mas também paupérrimo, primitivo e sem cultura.
O uso de imagens sequenciais gravadas também está presente na antiguidade africana através do registro feito pelos caçadores que expunham os seus feitos nos muros de suas casas com desenhos de animais abatidos. Em algumas culturas negras, o trono dos reis, os templos e locais sagrados eram decorados com figuras e desenhos que contavam em imagens as sucessivas façanhas e histórias de sua gente. Sem falar do Egito, com uma história de 3200 anos e a Tunísia, cuja antiga capital Cartago, foi fundada pelos fenícios em 814 a.C. Ambos o berço das imagens sequenciais. 

HQ - Namíbia
Um novo contexto

Hoje a produção de HQ em muitos países é uma realidade, mas o caminho percorrido foi longo e esteve em função de iniciativas de muitas organizações, associações, exibições e festivais. Esta produção da África negra reflete a tradição oral e as HQs podem ser encaradas como um ponto de articulação entre a oralidade e a escrita, a tradição e a modernidade, e está calcada em três tipos de categorias: revistas ou álbuns de quadrinhos produzidos por europeus; coproduções entre europeus e africanos e, a terceira, de africanos propriamente ditos. As HQs estão também nos jornais diários, que permitiram em primeira instância aos quadrinhos florescerem e se abrirem ao grande público. Em geral, entre os temas abordados estão à crítica social e política de forma bem aberta, revelando liberdade de pensamento de seus autores às duras custas dentro dos regimes totalitários e censura da imprensa. Estas conquistas devem-se, principalmente, à atuação das associações de quadrinhos formadas em toda África. Desta forma, a África de Tarzan, do Fantasma e de tantos outros heróis que tinham o continente negro idealizado ou imaginado como cenário muitas vezes preconceituoso, parece bem distante neste novo contexto. Ela foi boa enquanto durou como aventura escapista, fosse pelos duros golpes sofridos na década de 1930 pela população mundial depois da quebra da Bolsa de Nova York ou por puro entretenimento. 
Goorgoorlou, muito popular no Senegal
 Gostou? Quer saber mais? Acesse:http://racabrasil.uol.com.br

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

TEIA BAIXADA 2010

Um bom programa cultural pra você!!!

Resumo do Evento
Cinquenta e oito (58) entidades não-governamentais da Baixada Fluminense, conveniadas com o Ministério da Cultura (MinC) e com a Secretaria de Cultura do Estado do RJ se reúnem nos dias 9 e 10 de setembro no SESC de Nova Iguaçu e, ao lado, no CENFOR (Centro de Formação de Líderes da Diocese de Nova Iguaçu) para discutir, debater, apresentar, conhecer e compartilhar seus trabalhos e iniciativas em doisdias inteiros de atividades.

Cada entidade receberá (em duas quadras do ginásio do Sesc) um espaço para mostrar e divulgar suas atividades e poderá ainda realizar oficinas, participar e propor debates e conversas, fazer mini-shows e intervenções, além de apresentações que se espalharão pelo Teatro do Sesc, nas salas Multi-Uso e Auditórios e demais Salas do Sesc e do Cenfor.
Confira a programação completa: http://www.iteia.org.br
BlogBlogs.Com.Br

Nós na Olimpíada!

Hoje, concluímos a segunda fase da 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil.
Parabéns a todas as equipes! Sei que  os alunos estão muito empenhados em continuar até a última etapa. Então...até a terceira fase!!! Ou melhor...até Campinas!!!

Fabiano (2002) - da equipe Arymillano
Mais informações sobre nossas equipes e a Competição acesse:
Ciep369 na Olimpíada
Related Posts with Thumbnails