quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O RIO DE JANEIRO E SUA HISTÓRIA



Às vésperas de completar 450 anos, o Rio de Janeiro tem muita história para contar. De capital da colônia a sede do Império Português, a cidade que já foi distrito federal da República testemunhou e protagonizou diversos capítulos da história do Brasil.
E, desde os tempos mais remotos, deixa claro sua vocação para o esporte.
Praça XV
 Clique AQUI e conheça um pouco desta história e relembre alguns dos principais marcos da cidade, que se misturam com a trajetória do esporte e do país.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

É Carnaval...e nesse dia ninguém chora!


"Carne vale"
O carnaval é uma festa popular que surgiu ainda na Antiguidade com intuito de celebrar os deuses pagãos e a natureza. Foi reconhecida pela igreja e incluída no calendário cristão depois de muitos séculos, ainda hoje é comemorada no mundo inteiro. Possui características diferentes em cada país que o festeja.
O carnaval comemorado no Brasil sofreu influência de uma festa de rua, de origem portuguesa, o entrudo, que consistia em jogar farinha, ovo e tinta nas pessoas. Porém, a comemoração também passou por mudanças por causa do folclore indígena e a cultura africana, trazida pelos escravos. Todos esses fatores culturais construíram um carnaval distinto em cada parte do Brasil. O Rio de Janeiro é famoso pelos desfiles das escolas de samba, na Bahia os trios elétricos atraem milhões de foliões todos os anos e em outros estados, como Pernambuco e Minas Gerais, o carnaval de rua é o mais popular.
Existem outras formas tradicionais de passar o carnaval, que é a última festa antes da quaresma. No século XIII, os nobres franceses começaram a promover grandes festas onde era obrigatório o uso de máscaras e roupas luxuosas - os bailes - e provavelmente foi assim que surgiram as primeiras festas à fantasia. Essas festas logo ficaram populares entre as altas classes em toda Europa e se espalharam por todo o mundo, sendo comuns atualmente.

A Origem do Carnaval

A origem do carnaval é incerta, mas acredita-se que tenha surgido na Grécia por volta do ano 520 a.C. Era uma festa em que o vinho era fundamental e as pessoas se reuniam em nome do deus Dionísio com a única intenção de se divertirem, celebrar a chegada da primavera e a fertilidade. Esse tipo de comemoração se tornou popular em Roma durante os primeiros séculos da era cristã.
O nome Carnaval vem de “Carne Vale”, seu significado está ligado ao fato dessa festa pagã acontecer durante os três dias que antecedem a quaresma, um longo período de privação, portanto era como uma despedida dos pecados da carne. Esse nome surgiu depois que a celebração foi legalizada pela Igreja Católica para coibir o que a instituição classificava como celebração pecaminosa. Ou seja, a celebração tinha como objetivo principal extravasar e fazer tudo que durante a quaresma era proibido.
Em 1545, depois do concílio de Trento, mudou-se o calendário de Juliano para Gregoriano e o Carnaval passou a ser uma data oficial para os cristãos. Dessa forma, é reconhecida como festa popular de rua que sofreu uma série de modificações culturais até chegar aos dias de hoje.

Rio de Janeiro - seculo XIX

História do Carnaval no Brasil

O carnaval chegou ao Brasil à partir do século XIII, quando os portugueses trouxeram a brincadeira do entrudo, típica da região de Açores e Cabo Verde, que consistia em um jogo em que as pessoas sujavam umas às outras com tintas, farinha, ovos e também atiravam água.
No século XIX foram promovidos os bailes parisienses, nos quais os convidados deveriam usar máscaras. Cresceu o interesse por esse tipo de festa porque o entrudo causava muita confusão por ser uma prática que apelava para violência. Nos bailes, que aconteciam em local fechado, o público era composto por convidados que se dispunham a fantasiar-se e ouvir música. Uma figura importante desse período é Chiquinha Gonzaga que compôs músicas de carnaval e pertencia a esse grupo de classe burguesa frequentadora dos bailes.
No Rio de Janeiro, século XX, surgiram as primeiras escolas de samba. No final da década de 1920, os desfiles agradaram muito a população e tornou-se uma forma popular de comemoração do carnaval ainda muito forte, tanto no Rio, quanto em São Paulo. No Nordeste do país o jeito mais popular de passar o carnaval é ir para as ruas, mantendo um pouco da tradição trazida pelos portugueses. Na Bahia, mais especificamente manteve-se o costume do carnaval de rua, mas fortaleceu-se os trios elétricos depois da década de 1980.

Como é calculado o dia do carnaval?

Esse cálculo foi estipulado para que não houvesse coincidência com o dia da Páscoa Católica e para que essa ela não ocorresse no mesmo dia da Páscoa Judaica. Assim, ela começa com o equinócio de primavera, no hemisfério norte, a partir dele é preciso saber em qual dia será a primeira lua cheia, pois a páscoa é comemorada exatamente no domingo depois dessa lua. Ou seja, sabe-se que a terça-feira de carnaval é aquela que antecede a Páscoa em 47 dias. No Brasil, a data é comemorada no outono, então começa a contar a partir do dia 21 de março, dia do equinócio no hemisfério sul.


Fonte:Historia do carnaval

Quer saber mais?
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domingo, 8 de fevereiro de 2015

FEIJOADA CARIOCA

Em comemoração ao retorno do nosso blog, vamos de feijoada!
Ela é carioca, ela é carioca...
todos adoramos e sua história é bem legal!


RIO - Parte da tradição culinária ibérica, a feijoada virou a receita brasileira por excelência. É o prato que nos dá identidade, aquele que apresentamos a todo estrangeiro de passagem. Mas a clássica combinação do feijão preto com carnes nasceu no Rio, e é mais consumida aqui. Tinha mesmo que terminar em samba, não é?
Os cozidos de carnes e legumes são milenares, com registros que remetem ao Império Romano. Receitas próximas a da feijoada têm sido cultivadas pelas tradições culinárias de Espanha, Portugal e França; quem nunca devorou um bom cassoulet que atire a primeira pedra. É a partir dessa influência europeia que nasce a nossa feijoada.
Seus primeiros registros — completa, com feijão preto gordo, arroz, couve e farofa — datam do século XIX, no Rio. O folclorista Câmara Cascudo afirma em “História da Alimentação” que ela foi criada para enriquecer a dieta colonial: o feijão magro (que no século XVI era consumido acompanhado de farinha e carne ou peixe seco) deu lugar ao prato preparado à maneira do cozido português, com carnes e legumes.
— De fato, o único prato realmente carioca é a feijoada. Podemos afirmar isso porque os registros mais antigos apontam para o Rio. E o feijão preto sempre foi mais consumido na cidade — afirma o sociólogo Carlos Alberto Dória, autor de “Formação culinária brasileira.” — Outras influências encontradas no Rio não são criações cariocas. O peixe com farinha dos caiçaras, por exemplo, é comum em todo o litoral brasileiro, com pequenas alterações — explica.
E por que o feijão preto é mais consumido no Rio do que no resto do Brasil?
— Nunca encontrei essa explicação nas minhas pesquisas — diz Rosa Moraes, diretora de hospitalidade e gastronomia da rede de universidades Laureate. — É o tipo de coisa que se percebe quando não se é carioca ou não se mora no Rio. No restante do Brasil, outros tipos de feijão são consumidos no dia a dia. Muitas vezes, o feijão preto só vai à mesa na forma de feijoada.
Criada no Rio no fim do período colonial, a feijoada foi alçada a sinônimo de brasilidade pelo Modernismo, que, nas primeiras décadas do século XX, buscou construir uma ideia de nação. Tornou-se, então, uma espécie de alegoria festiva de um Brasil miscigenado.

 

— A feijoada não nasceu na senzala, como diz o senso comum. Basta pensar que as carnes usadas no prato não eram consideradas “restos” pelos portugueses. Ao contrário, eles não as desprezavam. Mas o ideal modernista fez da feijoada um símbolo da mistura racial brasileira — explica a antropóloga Paula Pinto e Silva.
A analogia é explícita, simples até, mas pouco verdadeira: arroz (contribuição do colonizador branco), feijão com restos de carnes (consumido na senzala pelos escravos) e a farinha (de mandioca, parte da alimentação dos índios). Uma vez criado o mito culinário, difundi-lo não foi difícil. Capital do Brasil por 197 anos, o Rio sempre foi um importante disseminador cultural. Saindo de pequenos restaurantes e pensões cariocas em meados do século XIX, a feijoada rapidamente ganhou o imaginário — e a mesa — brasileiros.
Como a própria personalidade carioca, a feijoada se estabeleceu como um prato festivo e informal. Alguém imagina que ela pudesse ter sido criada em São Paulo?
— O Rio escolheu ser reconhecido como um lugar informal, descompromissado. Por isso, a cultura do chope e dos bolinhos fritos nos botequins. A feijoada está dentro dessa escolha. É uma comida sem cerimônia — reflete Paula Pinto e Silva.
E já que chegamos à bebida, com o que harmonizar uma boa feijoada? Tradicionalmente, o carioca escolhe entre a cerveja estupidamente gelada e o chope bem tirado. São bebidas descontraídas. Os turistas não hesitam: pedem a caipirinha, formando um manjar “made in Brazil”. Mas não se surpreenda, há sommeliers que indicam espumante para escoltá-la — uma bebida festiva para uma receita idem.
De copo na mão, basta seguir Vinicius (existe símbolo melhor do Rio?), no poema “Feijoada à minha moda”: “Que prazer mais um corpo pede/Após comido um tal feijão?/Evidentemente uma rede/E um gato para passar a mão.”

Fonte:O Globo
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