domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma - "a mulher mais poderosa do mundo"


A foto acima não ilustrou a reportagem do jornal britânico Independent, que reproduzo abaixo, publicado antes do primeiro turno e traduzido pela Katarina Peixoto para a Carta Maior:
Hugh O’Shaughnessy – The Independent
A mulher mais poderosa do mundo começará a andar com as próprias pernas no próximo fim de semana. Forte e vigorosa aos 63 anos, essa ex-líder da resistência a uma ditadura militar (que a torturou) se prepara para conquistar o seu lugar como Presidente do Brasil.
Como chefe de estado, a Presidente Dilma Rousseff seria mais poderosa que a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e que a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton: seu país enorme de 200 milhões de pessoas está comemorando seu novo tesouro petrolífero. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e Washington podem apenas invejar.
Sua ampla vitória prevista para a próxima eleição presidencial será comemorada com encantamento por milhões. Marca a demolição final do “estado de segurança nacional”, um arranjo que os governos conservadores, nos EUA e na Europa já tomaram como seu melhor artifício para limitar a democracia e a reforma. Ele sustenta um status quo corrompido que mantém a imensa maioria na pobreza na América Latina, enquanto favorece seus amigos ricos.
A senhora Rousseff, filha de um imigrante búlgaro no Brasil e de sua esposa, professora primária, foi beneficiada por ser, de fato, a primeira ministra do imensamente popular Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder sindical. Mas com uma história de determinação e sucesso (que inclui ter se curado de um câncer linfático), essa companheira, mãe e avó será mulher por si mesma. As pesquisas mostram que ela construiu uma posição inexpugnável – de mais de 50%, comparado com menos de 30% – sobre o seu rival mais próximo, homem enfadonho de centro, chamado José Serra. Há pouca dúvida de que ela estará instalada no Palácio Presidencial Alvorada de Brasília, em janeiro.
Assim como o Presidente Jose Mujica do Uruguai, vizinho do Brasil, a senhora Rousseff não se constrange com um passado numa guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e um tempo na cadeia como prisioneira política.
Quando menina, na provinciana cidade de Belo Horizonte, ela diz que sonhava respectivamente em se tornar bailarina, bombeira e uma artista de trapézio. As freiras de sua escola levavam suas turmas para as áreas pobres para mostrá-las a grande desigualdade entre a minoria de classe média e a vasta maioria de pobres. Ela lembra que quando um menino pobre de olhos tristes chegou à porta da casa de sua família ela rasgou uma nota de dinheiro pela metade e dividiu com ele, sem saber que metade de uma nota não tinha valor.
Seu pai, Pedro, morreu quando ela tinha 14 anos, mas a essas alturas ele já tinha apresentado a Dilma os romances de Zola e Dostoiévski. Depois disso, ela e seus irmãos tiveram de batalhar duro com sua mãe para alcançar seus objetivos. Aos 16 anos ela estava na POLOP (Política Operária), um grupo organizado por fora do tradicional Partido Comunista Brasileiro que buscava trazer o socialismo para quem pouco sabia a seu respeito.
Os generais tomaram o poder em 1964 e instauraram um reino de terror para defender o que chamavam “segurança nacional”. Ela se juntou aos grupos radicais secretos que não viam nada de errado em pegar em armas para combater um regime militar ilegítimo. Além de agradarem aos ricos e esmagar sindicatos e classes baixas, os generais censuraram a imprensa, proibindo editores de deixarem espaços vazios nos jornais para mostrar onde as notícias tinham sido suprimidas.
A senhora Rousseff terminou na clandestina VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Nos anos 60 e 70, os membros dessas organizações sequestravam diplomatas estrangeiros para resgatar prisioneiros: um embaixador dos EUA foi trocado por uma dúzia de prisioneiros políticos; um embaixador alemão foi trocado por 40 militantes; um representante suíço, trocado por 70. Eles também balearam torturadores especialistas estrangeiros enviados para treinar os esquadrões da morte dos generais. Embora diga que nunca usou armas, ela chegou a ser capturada e torturada pela polícia secreta na equivalente brasileira de Abu Ghraib, o presídio Tiradentes, em São Paulo. Ela recebeu uma sentença de 25 meses por “subversão” e foi libertada depois de três anos. Hoje ela confessa abertamente ter “querido mudar o mundo”.
Em 1973 ela se mudou para o próspero estado do sul, o Rio Grande do Sul, onde seu segundo marido, um advogado, estava terminando de cumprir sua pena como prisioneiro político (seu primeiro casamento com um jovem militante de esquerda, Claudio Galeno, não sobreviveu às tensões de duas pessoas na correria, em cidades diferentes). Ela voltou à universidade, começou a trabalhar para o governo do estado em 1975, e teve uma filha, Paula.
Em 1986 ela foi nomeada secretária de finanças da cidade de Porto Alegre, a capital do estado, onde seus talentos políticos começaram a florescer. Os anos 1990 foram anos de bons ventos para ela. Em 1993 ela foi nomeada secretária de minas e energia do estado, e impulsionou amplamente o aumento da produção de energia, assegurando que o estado enfrentasse o racionamento de energia de que o resto do país padeceu.
Ela fez mil quilômetros de novas linhas de energia elétrica, novas barragens e estações de energia térmica construídas, enquanto persuadia os cidadãos a desligarem as luzes sempre que pudessem. Sua estrela política começou a brilhar muito. Mas em 1994, depois de 24 anos juntos, ela se separou do Senhor Araújo, aparentemente de maneira amigável. Ao mesmo tempo ela se voltou à vida acadêmica e política, mas sua tentativa de concluir o doutorado em ciências sociais fracassou em 1998.
Em 2000 ela adquiriu seu espaço com Lula e seu Partido dos Trabalhadores, que se volta sucessivamente para a combinação de crescimento econômico com o ataque à pobreza. Os dois se deram bem imediatamente e ela se tornou sua primeira ministra de energia em 2003. Dois anos depois ele a tornou chefe da casa civil e desde então passou a apostar nela para a sua sucessão. Ela estava ao lado de Lula quando o Brasil encontrou uma vasta camada de petróleo, ajudando o líder que muitos da mídia européia e estadunidense denunciaram uma década atrás como um militante da extrema esquerda a retirar 24 milhões de brasileiros da pobreza. Lula estava com ela em abril do ano passado quando foi diagnosticada com um câncer linfático, uma condição declarada sob controle há um ano. Denúncias recentes de irregularidades financeiras entre membros de sua equipe quando estava no governo não parecem ter abalado a popularidade da candidata.
A Senhora Rousseff provavelmente convidará o Presidente Mujica do Uruguai para sua posse no Ano Novo. O Presidente Evo Morales, da Bolívia, o Presidente Hugo Chávez, da Venezuela e o Presidente Lugo, do Paraguai – outros líderes bem sucedidos da América do Sul que, como ela, têm sofrido ataques de campanhas impiedosas de degradação na mídia ocidental – certamente também estarão lá. Será uma celebração da decência política – e do feminismo.
Tradução: Katarina Peixoto

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Juscelino Kubitschek - Presidente do Brasil

Juscelino
Juscelino Kubitschek de Oliveira nasceu em Diamantina (MG) no dia 12 de setembro de 1902, filho de João César de Oliveira e de Júlia Kubitschek. Ingressou no seminário diocesano em 1914. Aos 15 anos incompletos concluiu o curso de humanidades, abandonando então o seminário, já que não sentia vocação para o sacerdócio.
Em 1919 foi trabalhar na Repartição Geral dos Telégrafos. Exerceu a função de telegrafista até se formar pela Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.
Diplomando-se em dezembro de 1927, foi trabalhar na Clínica Cirúrgica da Santa Casa de Misericórdia, na capital mineira. Posteriormente seguiu para Paris com o objetivo de especializar-se em urologia. Ao regressar, além de reassumir seus empregos em Belo Horizonte, montou seu próprio consultório. Em 1931 foi nomeado para integrar o corpo de médicos do Hospital Militar da Força Pública do estado de Minas Gerais. Em dezembro casou-se com Sara Gomes de Lemos, pertencente a família de grande prestígio no estado.
Para continuar lendo a biografia de Juscelino Kubitschek, acesse:

http://contandohistoria369.blogspot.com/p/especiais.html

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O AI-5

O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. Definiu o momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.
O ano de 1968, "o ano que não acabou", ficou marcado na história mundial e na do Brasil como um momento de grande contestação da política e dos costumes. O movimento estudantil celebrizou-se como protesto dos jovens contra a política tradicional, mas principalmente como demanda por novas liberdades. O radicalismo jovem pode ser bem expresso no lema "é proibido proibir". Esse movimento, no Brasil, associou-se a um combate mais organizado contra o regime: intensificaram-se os protestos mais radicais, especialmente o dos universitários, contra a ditadura. Por outro lado, a "linha dura" providenciava instrumentos mais sofisticados e planejava ações mais rigorosas contra a oposição.
Também no decorrer de 1968 a Igreja começava a ter uma ação mais expressiva na defesa dos direitos humanos, e lideranças políticas cassadas continuavam a se associar visando a um retorno à política nacional e ao combate à ditadura. A marginalização política que o golpe impusera a antigos rivais - Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek, João Goulart - tivera o efeito de associá-los, ainda em 1967, na Frente Ampla, cujas atividades foram suspensas pelo ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, em abril de 1968. Pouco depois, o ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho, reintroduziu o atestado de ideologia como requisito para a escolha dos dirigentes sindicais. Uma greve dos metalúrgicos em Osasco, em meados do ano, a primeira greve operária desde o início do regime militar, também sinalizava para a "linha dura" que medidas mais enérgicas deveriam ser tomadas para controlar as manifestações de descontentamento de qualquer ordem. Nas palavras do ministro do Exército, Aurélio de Lira Tavares, o governo precisava ser mais enérgico no combate a "idéias subversivas". O diagnóstico militar era o de que havia "um processo bem adiantado de guerra revolucionária" liderado pelos comunistas.
A gota d'água para a promulgação do AI-5 foi o pronunciamento do deputado Márcio Moreira Alves, do MDB, na Câmara, nos dias 2 e 3 de setembro, lançando um apelo para que o povo não participasse dos desfiles militares do 7 de Setembro e para que as moças, "ardentes de liberdade", se recusassem a sair com oficiais. Na mesma ocasião outro deputado do MDB, Hermano Alves, escreveu uma série de artigos no Correio da Manhã considerados provocações. O ministro do Exército, Costa e Silva, atendendo ao apelo de seus colegas militares e do Conselho de Segurança Nacional, declarou que esses pronunciamentos eram "ofensas e provocações irresponsáveis e intoleráveis". O governo solicitou então ao Congresso a cassação dos dois deputados. Seguiram-se dias tensos no cenário político, entrecortados pela visita da rainha da Inglaterra ao Brasil, e no dia 12 de dezembro a Câmara recusou, por uma diferença de 75 votos (e com a colaboração da própria Arena), o pedido de licença para processar Márcio Moreira Alves. No dia seguinte foi baixado o AI-5, que autorizava o presidente da República, em caráter excepcional e, portanto, sem apreciação judicial, a: decretar o recesso do Congresso Nacional; intervir nos estados e municípios; cassar mandatos parlamentares; suspender, por dez anos, os direitos políticos de qualquer cidadão; decretar o confisco de bens considerados ilícitos; e suspender a garantia do habeas-corpus. No preâmbulo do ato, dizia-se ser essa uma necessidade para atingir os objetivos da revolução, "com vistas a encontrar os meios indispensáveis para a obra de reconstrução econômica, financeira e moral do país". No mesmo dia foi decretado o recesso do Congresso Nacional por tempo indeterminado - só em outubro de 1969 o Congresso seria reaberto, para referendar a escolha do general Emílio Garrastazu Médici para a Presidência da República.
Ao fim do mês de dezembro de 1968, 11 deputados federais foram cassados, entre eles Márcio Moreira Alves e Hermano Alves. A lista de cassações aumentou no mês de janeiro de 1969, atingindo não só parlamentares, mas até ministros do Supremo Tribunal Federal. O AI-5 não só se impunha como um instrumento de intolerância em um momento de intensa polarização ideológica, como referendava uma concepção de modelo econômico em que o crescimento seria feito com "sangue, suor e lágrimas."

Maria Celina D'Araujo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

França 1968 - das ruas para as fábricas

O maio de 1968 na França não foi um movimento exclusivamente estudantil. Enquanto a juventude se levantava nas Universidades, os operários vinham se organizando  para enfrentar a nova regulamentação trabalhista proposta pelo governo De Gaulle.  Desde 1966, as duas principais centrais sindicais francesas, a Confederação Geral do trabalho (CGT) e a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), haviam se unido por meio de um acordo que em maio de 1967 incorporou também a Força Operária (FO) e a Federação Nacional da Educação (FEN, na sigla em francês) para combater as reformas gaullistas.
Desde o início do mês, os sindicalistas organizavam jornadas desvinculadas das manifestações estudantis de Paris. O movimento operário era um barril de pólvora à espera de um detonador, que finalmente veio com o pedido de apoio lançado pela União Nacional dos Estudantes Franceses contra a repressão que vinham sofrendo. As centrais sindicais decidiram apoiar os jovens e no dia 13 de maio convocaram a greve geral  para denunciar os ataques sofridos pelos estudantes e reafirmar suas próprias reivindicações.
Da mobilização nas ruas, os trabalhadores partiram então para a ocupação de fábricas. Os operários tomaram conta da Sud Aviation de Nantes, da Renault-Cléon, da Kléber-Colombes, em Elbeuf, e da La Roclaine em Saint-Etienne-du-Rouvray, entre outras. No dia 16, a ocupação da "fortaleza operária" de Billancourt tornou-se um símbolo da nova luta.
O movimento se alastrou pelo país e no dia 17 de maio a França era um país imobilizado pela paralisação do transporte ferroviário e por cerca de sete milhões de grevistas. Comitês de greve foram organizados nas fábricas, lojas e depósitos ocupados.
Diante do acúmulo de forças, os trabalhadores tinham de decidir se negociariam com o governo. A questão dividiu posições no movimento grevista  e no dia 25 de maio iniciou-se o diálogo entre sindicatos, Estado e patrões. Os trabalhadores, no entanto, rejeitaram maciçamente a proposta que suas centrais lhes apresentaram e decidiram continuar a mobilização.
As greves se prolongaram mas as negociações se deslocaram para o terreno setorial e no dia 30 de maio De Gaulle lançou sua contra-ofensiva, dissolvendo a Assembléia Nacional e convocando eleições para o mês seguinte. A Sobornne foi evacuada à força e os sindicatos passaram a negociar o fim de suas  greves. Um primeiro acordo setorial foi firmado pelos têxteis no dia 31, logo seguido por outros. No dia 23 de junho, primeiro turno das eleiçoes, a maioria dos trabalhadores já havia voltado ao trabalho.
por Daniel Tartakowsky
Fonte:Revista História Viva, nº 54, pág. 39

França,  19 de outubro de 2010
Paris,2010
Hoje é o sexto dia de protestos nacionais coordenados nos últimos dois meses contra a reforma previdenciária planejada pelo governo do presidente Nicolas Sarkozy. A reforma prevê, entre outros pontos, o aumento da idade mínima para aposentadoria no país de 60 para 62 anos. Estão programados mais de 200 protestos de rua na França.
As greves levaram a indústria de refino de petróleo a parar na semana passada, como resultado da paralisação das 12 refinarias do país e de uma greve de três semanas do importante porto para o setor, o de Fos-Lavera. Caminhoneiros em greve também dificultaram o transporte dos derivados de petróleo.
Ainda que o país tenha reservas de combustível para várias semanas e os distribuidores de combustível possam importar combustível de países vizinhos, há o temor de que a falta do produto leve muitas pessoas a correr para fazer estoques, acabando com as reservas nos postos em algumas áreas, alertou ontem Jean-Louis Schilansky, presidente da União Francesa de Indústrias Petrolíferas. As informações são da Dow Jones
Fonte: Agência Estado

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A História do Horário de Verão

Começa no dia 17 de outubro de 2010  e termina em 20 de fevereiro de 2011, o horário de  verão brasileiro. Mas quando começou essa prática no Brasil? Só os brasileiros mudam seus relógios? 
A História
O horário de verão foi cogitado pela primeira vez em 1784, por Benjamin Franklin, um dos homens mais influentes da história política e científica dos Estados Unidos. Partindo da observação de que, durante parte do ano, nos meses de verão, o sol nascia antes que a maioria das pessoas se levantasse, ele concluiu que, se os relógios fossem adiantados, a luz do dia poderia ser mais bem aproveitada.
A idéia, na época, não chegou a sair do papel. Em 1907, na Inglaterra, um construtor chamado William Willett, membro da Sociedade Astronômica Real, deu início a uma campanha que propunha alterar os relógios no verão para reduzir o que classificava de "desperdício de luz diurna". Willett morreu em 1915, um ano antes de a Alemanha adotar sua tese e se tornar o primeiro país no mundo a implantar o horário de verão.
Já no Brasil, a história do horário de verão teve início na década de 30, pelas mãos do então presidente Getúlio Vargas: sua versão de estréia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Depois de 18 anos sem sua instituição, o horário de verão foi novamente adotado devido à queda do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, por volta de 1985/86. Após esse período, o horário de verão passou a ocorrer em todos os anos.
Como funciona
Todo ano, durante a primavera e o verão, os brasileiros das regiões sul, sudeste e centro-oeste precisam adiantar 1 hora os relógios.
É o horário de verão, cujo objetivo principal é promover economia de energia elétrica através do aproveitamento da luz natural dos dias mais longos nesta época do ano.
A medida é mais eficiente nas regiões distantes da linha do equador, porque nestas regiões os dias se tornam mais longos, e as noites, mais curtas.
Já nas regiões próximas à linha do equador, os dias e as noites têm duração igual ao longo do ano, e a implantação do horário de verão nesses locais traz muito pouco ou nenhum proveito.
Dessa maneira, no Brasil, o horário de verão acontece apenas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No Norte e Nordeste a medida não é aplicada.
Fonte consultada:http://empresasefinancas

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ISLÃ - Exposição no CCBB/RJ

Cerâmica com inscrição "felicidade"
 Começa hoje no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, a Exposição "Islã"
A mostra reúne cerca de 350 peças de ourivesaria, mobiliário, tapeçaria, vestuário, armas, armaduras, utensílios, mosaicos, cerâmicas, objetos de vidro, iluminuras, pinturas, caligrafia e instrumentos científicos e musicais, que contam 1400 anos da história das nações do mundo islâmico. Acervos do Museu Nacional de Damasco, Museu Alepo e Palácio Azem, todos da Síria. Do Irã, virão peças do Museu Nacional de Teerã e da Turquia, obras contemporâneas de artistas argelinos, egípcios, iranianos, palestinos, marroquinos, turcos e iraquianos.
Quando: de 12 de outubro a 26 de dezembro de 2010. Diariamente, das 9h às 21h
Onde: CCBB Rio de Janeiro (rua Primeiro de Março, 66 , Centro)
Quanto: grátis

Deseja saber mais informações sobre o Islã? 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A Ciência e a Religião dos Maias


A matemática e a astronomia
A grande contribuição dos matemáticos maias foi a criação do número zero, um conceito abstrato que permaneceu ausente durante séculos em outras culturas.
O zero era representado com uma concha marinha. Eles usavam ainda pontos ou círculos de um a quatro e riscos que valiam cinco até contar dezenove.
Seu sistema numérico era vigesimal, e não decimal como o atual. Os cientistas se perguntam se eles usavam os dedos das mãos e dos pés para contar.
As técnicas de observação celeste a vista nua praticada pelos sacerdotes maias são estudadas pelos cientistas atuais.
Os maias se apoiavam em um sistema de referências naturais que descrevia as posições do Sol, Lua, Marte e registrava os eclipses.
Eles seguiam minuciosamente os movimentos de Vênus, que consideravam de grande importância na determinação de guerras e sacrifícios.
Certos edifícios obedeceram cálculos muito precisos. Durante o pôr-do-sol dos equinócios de primavera e outono, a “serpente de luz” sobe ao Castelo de Chichén Itzá pela escada da pirâmide. A projeção solar marca sete triângulos de luz invertidos, como resultado da sombra das nove plataformas do edifício. A cada semestre, turistas de todo o mundo se concentram para observar o fenômeno.

Sacrifícios humanos
Religião
O poder da natureza
A selva imprimiu por completo a percepção da realidade. Os maias acreditavam que uma energia biocósmica atravessava as pessoas, os animais, as plantas e os seres inanimados, imprimindo neles a sua razão de ser.
Quanto maior fosse a carga de energia, maior era a categoria e a importância de cada ser vivo, coisa, ou entidade. Os maias acreditavam que o gasto descomunal dos deuses era reposto com o sangue humano dos sacrifícios.
A crença no poder de combustível do sangue mostra deuses vulneráveis. E ao contrário, destacava o papel dos homens para manter o universo.
Os maias representavam a superfície da terra como as costas de caimão, ou como uma tartaruga marinha que sustentava a paina, uma árvore gigante sobre a qual o céu se apoiava. Sob sua sombra descansavam os sacerdotes, os guerreiros mortos em combate, e as mulheres falecidas no parto. O céu era associado à imagem da serpente de duas cabeças, imagem da dualidade da vida e da morte.
Mas além da terra e do céu, os maias davam mais atenção ao subsolo ou inframundo. Esta era a moradia dos mortos e dos deuses, além de fonte da vida e do milho, componente fundamental de sua alimentação.
O Xibalbá, o País dos Mortos, era um reflexo do mundo terreno. Eles construíam as pirâmides como representação do interior da terra.
Centralizada no subsolo, a noção maia do Outro Mundo abraçava uma dimensão mais complexa, um universo paralelo ao dos seres vivos, que incluía o céu, a superfície terrestre, a profundidade do oceano e a espessura da floresta.
O Outro Mundo, segundo acreditavam, resguardava os segredos do cosmos e do transcurso do tempo, os mistérios da vida e o destino dos seres humanos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A invenção do 7 de setembro

"A imagem do 7 de setembro" - Romulo Medeiros (turma 1004)
O Brasil como nação e estado soberano, surgiu em 1822, quando rompeu os laços coloniais com Portugal. Desde então, aos poucos, foi criada uma identidade nacional repleta de símbolos e datas, contando de forma épica a história de uma jovem nação, muitas vezes gerando fatos míticos fantasiosos. Um dos símbolos dessa identidade é a comemoração da Independência, repleta de heróis e arroubos patriotas, gerando assim, um glamuroso momento da construção do Estado.
Mas até onde os fatos históricos e o que é contado coincidem? Aos poucos, os historiadores atuais lapidam o glamour da mística em torno do grito do Ipiranga, recontando esta página instigante da nação brasileira.
Se a data da Independência é hoje comemorada no Brasil no dia 7 de setembro, nem sempre foi assim. Quando se deu o rompimento com Portugal, em 1822, o primeiro relato que exaltou o grito do Ipiranga foi feito em 20 de setembro daquele ano, no jornal O Espelho, publicação da Imprensa Nacional que circulava no Rio de Janeiro (1821-1823). Naquele momento dom Pedro foi aclamado o herói nacional e a Coroa portuguesa a grande vilã. A data da comemoração do dia da Independência desde então, foi comemorada de acordo com o momento político vivido e a necessidade dos mitos exaltados para fincar a identidade da jovem nação. Aclamado imperador do Brasil em 12 de outubro do ano da independência, dom Pedro era o ícone proclamador da liberdade da nação. A data de nascimento do imperador era também o dia 12 de outubro. Assim, ficou estabelecido que esse era o dia para que se comemorasse a Independência. Quando em 1 de dezembro daquele ano, dom Pedro I foi coroado, também esta data passou a ser comemorada como dia da independência. Curiosamente, este é o dia histórico da restauração da independência de Portugal do domínio da Espanha (1580-1640), muito comemorado pela ex-nação colonizadora, o que trazia um incômodo para os exaltados brasileiros da época, ansiosos de apagar a condição de colônia das suas páginas. Ao longo do século XIX, com a decadência da popularidade de dom Pedro I, também a sua importância no grito do Ipiranga passou a ser amenizada, e, a partir de 1870, consolidou-se a história do Estado nacional, transformando o 7 de setembro no dia da independência do Brasil. Estava inventado o 7 de setembro, o símbolo maior da identidade brasileira.
Fonte:  www.virtualia.blogs.sapo

O faraó Djedefre

Djedefre
Djedefre, 4º rei da IV dinastia egípcia, foi o primogênito sobrevivente de Quéops.
Ele mandou construir sua pirâmide em Abu Roach, diferentemente dos seus familiares que quiseram fazer as suas na necrópole de Gizé. Sua pirâmide é conhecida por estar situada mais ao norte do Egito.
Sua pirâmide possuia cerca de 146,6 metros sendo portanto a cosntrução mais alta do Egito. A pirâmide foi descoberto no inicio do século XX, por um arqueólogo françês.No local foram encontradas centenas de estatuas do faráo,todas quebradas ou com a face depredada.Por esse motivo durante muito tempo acreditou que Djedefré havia rompido com a família e seu irmão Quéfren querendo rogar-lhe uma praga eterna havia destruida a pirâmide e as estátuas e com a destruição das estátuas ( segundo as crenças egípcias ) destruir a alma de Djedefré.
O ódio de seu irmão supostamente viria do fato que Djedefré havia matado o sucessor natural do trono(seu irmão mais velho),casado com sua viúva-irmã para tomar o poder quando Queóps morreu. Essa teoria também explicaria o fato de Djedefré ter construido sua pirâmide a cerca de 8 km de Gizé em Abu Roach.

Pesquisas recentes no entanto mostram o que realmente aconteceu:
1° Acreditava- se que o governo de Djedefré havia durado apenas 8 anos. Mas com informações encontradas na necrópole de Gizé (um pergaminho) calculou-se que seu governo durou cerca de 22 à 23 anos.
2º Como se acreditava que ele havia governado por apenas 8 anos, acreditava-se também que ele não havia tido tempo de terminar sua majestosa pirâmide, mas hoje acredita-se que sua pirâmide foi saqueada e demolida pelos romanos,que vendo na pirâmide apenas um amontoado de blocos de calcário e granito a demoliram quando invadiram o Egito,dando assim o posto de pirâmide mais alto do Egito a Queóps.
3º Inicialmente Djedefré queria revestir sua pirâmide inteiramente de granito, mais isso não foi possível pois a fonte de granito mais próxima estava a cerca de 96 km de Abu Roach e os blocos precisavam ser transportado de barco pelo Nilo e isso só era possível quando o mesmo inundava, sendo assim ele se contentou com uma faixa de 12 km de altura em cada lado de granito.
4º Quando foi estuda recentemente havia certa divergência entre egiptólogos e arqueólogos sobre se a construção encontrada realmente era uma pirâmide ou um templo solar.Mas com a descoberta da camâra mortuária (sem a múmia do faráo) concluiu-se que era mesmo uma pirâmide.
5º Uma das descobertas mais importantes foi possível graças a um barco encontrado na necrópole de Gizé: Nele havia o nome de Djedefré com muitas honrarías e elogios o que, aliado a outros encontros concluiu -se que DJEDEFRÈ ORDENOU A COSNTRUÇÃO DA ESFINGE, E ELA É UMA REPRESENTAÇÃO DE QUEÓPS.
6º Acredita-se também que seu irmão mais velho morreu de causas naturais e que com isso Djedefré era o sucessor natural e as estátuas quebradas eram obra dos romanos.
Fonte: Wikipédia 
Para saber mais sobre o Egito Antigo, acesse:

sábado, 2 de outubro de 2010

Eleições brasileiras


No dia 03 de outubro, o povo brasileiro vai eleger seu presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
História 
As eleições não são uma experiência recente no país. O exercício do voto surgiu em terras brasileiras com os primeiros núcleos de povoadores, logo depois da chegada dos colonizadores. Foi o resultado da tradição portuguesa de eleger os administradores dos povoados sob domínio luso. Os colonizadores portugueses, mal pisavam a nova terra descoberta, passavam logo a realizar votações para eleger os que iriam governar as vilas e cidades que fundavam. Os bandeirantes paulistas, por exemplo, iam em suas missões imbuídos da idéia de votar e de serem votados. Quando chegavam ao local em que deveriam se estabelecer, seu primeiro ato era realizar a eleição do guarda-mor regente. Somente após esse ato eram fundadas as cidades, já sob a égide da lei e da ordem. Eram estas eleições realizadas para governos locais.
As primeiras eleições
As eleições para governanças locais foram realizadas até a Independência. A primeira de que se tem notícia aconteceu em 1532, para eleger o Conselho Municipal da Vila de São Vicente/SP. As pressões populares e o crescimento econômico do país, contudo, passaram a exigir a efetiva participação de representantes brasileiros nas decisões da corte. Assim, em 1821, foram realizadas eleições gerais para escolher os deputados que iriam representar o Brasil nas cortes de Lisboa. Essas eleições duraram vários meses, devido a suas inúmeras formalidades, e algumas províncias sequer chegaram a eleger seus deputados.
Influência religiosa
A relação entre estado e religião, até fins do Império, era tamanha que algumas eleições vieram a ser realizadas dentro das igrejas. E durante algum tempo foi condição para ser eleito deputado a profissão da fé católica. As cerimônias religiosas obrigatórias que precediam os trabalhos eleitorais só foram dispensadas em 1881, com a edição da Lei Saraiva. Essa ligação entre política e religião somente cessou com a vigência da Constituição de 1891, que determinou a separação entre a Igreja e o Estado.
Eleições em quatro graus
As votações no Brasil chegaram a ocorrer em até quatro graus: os cidadãos das províncias votavam em outros eleitores, os compromissários, que elegiam os eleitores de paróquia, que por sua vez escolhiam os eleitores de comarca. Estes, finalmente, elegiam os deputados. Os pleitos passaram depois a ser feitos em dois graus. Isso durou até 1881, quando a Lei Saraiva introduziu as eleições diretas.
Eleições livres
Até 1828, as eleições para os governos municipais obedeceram às chamadas ordenações do reino, que eram as determinações legais emanadas do rei e adotadas em todas as regiões sob o domínio de Portugal. No princípio, o voto era livre, todo o povo votava. Com o tempo, porém, ele passou a ser direito exclusivo dos que detinham maior poder aquisitivo, entre outras prerrogativas. A idade mínima para votar era 25 anos. Escravos, mulheres, índios e assalariados não podiam escolher representantes nem governantes.

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